Editora: Sáida de Emergência (relançamento)
Páginas: 800
Gênero: Ficção, Fantasia, Romance Histórico
Nota: 5.0
Sinopse: Claire, a protagonista de A Viajante do Tempo é
uma mulher de personalidade forte, lutando para se manter num mundo de homens
violentos, que busca seu verdadeiro amor enquanto participa de importantes
acontecimentos da história. Claire Beauchamp Randall foi separada de seu marido
Frank Randall pouco depois da lua-de-mel, quando ele foi convocado para lutar
na Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, Claire e Frank se reencontram
e retomam a vida que tinham em comum numa viagem a Escócia. Mas o reencontro
não ocorre de forma esperada. Parece haver entre a esposa e o marido um
distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Ao
visitar uma antiga e mística formação de rochas, Claire finalmente vai conhecer
seu destino.
Tudo começa quando Claire, a nossa protagonista, uma jovem de 27 anos e o seu marido Frank Randall
se reencontram depois de uma longa jornada de serviço na Segunda Guerra
Mundial. Ela, como enfermeira. Ele, como soldado. Os dois parecem distantes
depois de tanto tempo e Frank resolve viajar em uma nova lua-de-mel na intenção
de aproximar-se da esposa, reconectando-os. Frank Randall, antes de servir às
forças militares da Inglaterra, era um historiador fascinado. Por esse motivo,
ele leva Claire até a Escócia e decide pesquisar um pouco sobre a vida dos seus
antepassados. Quando ambos chegam ao local estão ocorrendo festividades celtas
e Claire, sempre curiosa, decide ir escondida a um ritual nas montanhas de
Highlands. Seu marido Frank a acompanha e eles observam uma dança peculiar de
várias mulheres vestidas como bruxas em torno de uma cadeia de pedras chamada
Craig Na Dun. Eles esperam escondidos até o amanhecer, quando as mulheres vão
embora e Claire inspeciona as pedras um pouco fascinada pela crença fiel
daquelas pessoas. Quando Frank se afasta em busca do carro para voltarem ao
hotel, Claire ergue as duas mãos e, ao encostar em uma das pedras, tem um
súbito desmaio.
É aí que a história começa.
A nossa protagonista acorda sobressaltada, gritando pelo marido e descendo pelo
campo quando ouve sons de tiros. Soldados vermelhos correm com perucas brancas
e espingardas ultrapassadas nas mãos e Claire pensa que está na cena de um
filme quando avista um soldado idêntico ao seu marido, mas que obviamente não é
ele. É “Black Jack” Randall, um antepassado do seu marido Frank Randall, que
ataca Claire e tenta violenta-la. Ela é salva por Murtagh, um homem bruto e de
sotaque forte. Murtagh a leva para o seu clã de escoceses e Claire ainda pensa
que está vivendo um pesadelo e irá acordar a qualquer momento. Mas isso não
acontece: Claire finalmente realiza que o que quer que signifique aquelas
pedras de Craig Na Dun, elas a transportaram para 1743, uma época de guerras
entre Ingleses e Clãs Escoceses. A época pré-revolução Jacobina.
Claire é, então, considerada
inimiga pelos escoceses, mas a nossa protagonista sempre forte e determinada
decide se aliar a eles para poder sobreviver e quem sabe voltar a Craig Na Dun
e ao seu marido Frank. Então Claire conhece Jamie, do clã Mackenzie. Um escocês
na essência da palavra, seus cabelos ruivos e sua estatura musculosa deixam
Claire um pouco tonta. Além disso, o excesso de doçura com a qual ele a trata
não deixa de abalá-la. Ela conta sobre Frank para Jamie, mas decide esconder
que é uma Outlander (Viajante do Tempo) e omite alguns fatos: para Jamie, seu
marido está morto. Os constantes conflitos e situações históricas obrigam
Sassenach (significa Estrangeiro para os escoceses e é um termo pejorativo, mas
Jamie chama Claire carinhosamente assim) a dizer não ao seu futuro/passado e
viver intensamente o seu passado/presente.
E então se inicia a árdua
jornada de Claire para voltar às suas raízes, ao mesmo tempo em que se apaixona
pelo tempo e pelas pessoas ao seu redor. Claire começa a se sentir parte
escocesa e é forçada a tomar decisões que mudarão sua vida para sempre.
É uma história fantástica,
emocionante, corajosa e apaixonante. Eu nunca, jamais, irei superar Jamie
Fraser. Ele é o meu ideal romântico de época. E posso afirmar com grande
propriedade que Claire é uma das minhas protagonistas favoritas. Ela é tão
forte, tão madura, tão incrível que você se sente parte dela. A autora consegue
transportar o leitor para outra época, e são tantos sentimentos doces e amargos
que experimentamos... Uma miríade de emoções e uma trama muito bem amarrada que
não deixa passar nenhuma informação
"Eu
posso suportar a dor. Mas não poderia suportar você com dor. Isso exigiria mais
força do que eu tenho." – Jamie Mackenzie Fraser
O momento que você se
apaixona de vez pelo Jamie:
"Você
é sangue do meu sangue, e carne da minha carne. Eu lhe dou o meu corpo e nós
dois deveremos ser um. Eu lhe dou o meu espírito, até que a nossa vida acabe."
Eu recomendo Outlander para
qualquer pessoa que não tenha medo de mergulhar no tempo e nas milhares de
páginas. Ao todo a série possui sete livros publicados e a autora, Diana, ainda
pretende escrever mais. São livros enormes, mas que valem a pena cada sílaba.
O livro (a série de livros)
é tão aplaudido pelo público leitor que virou uma série de televisão
britânica/americana, atualmente em sua primeira temporada, criada por Ronald D.
Moore da Emissora Starz. Eu assisti e confesso: nunca vi uma série tão fiel ao
livro. O ator que faz o Jamie é perfeito, a Claire também. Exatamente como
imaginei ao ler.
O que você está esperando
para voltar no tempo?
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