Título: As batidas perdidas do coração
Editora: Verus
Páginas: 406
Gênero: ficção brasileira
Nota: 4.5
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê
obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve
o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua
família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro.
Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o
que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem
a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a
frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um
para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá
salvá-los ou condená-los para sempre.
As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada
um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma
narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a
última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam
desesperadamente se encontrar.
“As batidas perdidas do coração” é um livro que fará fortes emoções
agredirem o seu corpo e, claro, o seu coração. Quem é fã de Belo Desastre da
Jamie McGuire não se arrependerá de ler e se apaixonar pelo Rafael. As resenhas
dos livros da McGuire e do nosso Maddox estarão em breve aqui no blog.
O livro tem um rigor próprio, sendo que a autora dividiu as passagens em
pontos de vista da Viviane e do Rafael, dessa maneira você pode enxergar os
dois lados da história. Eu amei porque cada ponto de vista começa com um trecho
de música que se conecta com o que será narrado pela frente, amarrando os
acontecimentos. É uma playlist linda, com músicas maravilhosas.
Voltando à nossa trama, onde duas pessoas de mundos completamente
diferentes mas de dores tão parecidas acabam se encontrando... Essa é a história
da Viviane e do Rafael. Dois jovens com muitas perdas nas costas para suportar e
uma intensa paixão crescente entre ambos.
Viviane perde o pai após um sofrido câncer de pulmão e Rafael perde
muitos membros da família em um acidente, incluindo sua querida irmã Patrícia.
Em um momento da leitura nos questionamos: como esses dois podem se apaixonar
em meio a tanta dor?
Eles tentam evitar, mas o destino é certeiro. A ligação entre eles
parece ser a válvula de escape para Viviane que acaba tendo que encarar a
internação da mãe em uma clínica psiquiátrica e, para Rafael, parece ser a
salvação dos seus problemas.
Rafael tem muitos, muitos problemas. E quando você descobre a
profundidade e a intensidade deles, você se choca. Viviane tenta salvá-lo a
cada segundo, mas o amor não é a redenção para todas as nossas aflições. O amor
é apenas mais um peso para aguentar, pois esse amor dilacera os dois.
Rafael não é aceito pelo avô de Vivi, o Fernando, que tira todas as
regalias da menina e a proíbe de vê-lo. É óbvio que ela luta contra as
barreiras do previsível e, junto com Rafa, tenta salvá-lo e salvar a si mesma.
É tão profunda a devastação que essa história causa em você. Mas, por
incrível que pareça, ela também faz você rir. Rir de alegria, de emoção e
também chorar.
Eu terminei de lê-lo agora a pouco e sinto como se as batidas do meu
coração fossem arrancadas de mim. Porque sim, eu me apaixonei por essa porra.
(Uma pausa para sorrir pelo palavrão e lembrar demais do Rafa)
“Então é real... – murmuro com a voz rouca, me jogando ao lado dela e a
puxando o mais perto possível de mim.
- O quê? – ela pergunta baixinho, encostando a cabeça em meu peito.
- Acho que perdi a tal batida. Não, perdi várias. Perdi todas. Não sou
mais nada se seu coração não estiver aqui, batendo comigo. – As palavras me
escapam e sei que nunca disse nada parecido antes.” (p. 203-4)
É assim que você se sente: devastada.
E, acredite: é tão bom.
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