sábado, 6 de junho de 2015

Resenha: Pequenas Grandes Mentiras - Liane Moriarty


Título Original: Big Little Lies
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 400
Gênero: ChickLit, mistério
Nota: 4,0
Sinopse: Com muita bebida e pouca comida, o encontro de pais dos alunos da Escola Pirriwee tem tudo para dar errado. Fantasiados de Audrey Hepburn e Elvis, os adultos começam a discutir já no portão de entrada, e, da varanda onde um pequeno grupo se juntou, alguém cai e morre.
Quem morreu? Foi acidente? Se foi homicídio, quem matou?
Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada.
Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline.
Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade.
Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida.
Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada.
Ao colocar em cena ex-maridos e segundas esposas, mãe e filhas, violência e escândalos familiares, Liane Moriarty escreveu um livro viciante, inteligente e bem-humorado, com observações perspicazes sobre a natureza humana.

“It’s because a woman’s entire self-worth rests on her looks,” said Jane. “That’s why. It’s because we live in a beauty-obsessed society where the most important thing a woman can do is make herself attractive to men.” 
- Liane Moriarty, Big Little Lies


Sabe quando você pega um livro que merece ser resenhado?  Foi assim com "Pequenas Grandes Mentiras." Todos sabem, não há novidade: tenho um fraco por livros da Intrínseca, não sei se pelo fato de a turnê nos manter sempre perto de nossos amados livros,  ou porque os livros sempre são de altíssima qualidade. Com certeza,  ambos. Enfim, vamos deixar pra depois os elogios e vamos ao que interessa.
O livro começa confuso, Madeline no trânsito surtando por causa de seu aniversário de 40 anos, até que cai e Jane a ajuda, acontecem umas coisinhas a mais e ela a apresenta a outra amiga, Celeste, que é a definição de perfeição, não há um fio de seu cabelo fora do lugar, nem de maquiagem a mulher precisa! Mas será que tudo são flores? Ziggy, o filho de Jane em seu primeiro dia de aula é acusado de bullying por uma colega.
O que acontece é: no final do primeiro capítulo você percebe que eles estão em meio à uma investigação de assassinato, então todos os capítulos terminam com uma parte de um depoimento. A grande questão é: quem morreu, isso mesmo, quem morreu e quem matou, mas isso vocês terão que ler para saber!
O que falar da escrita da Liane? Sempre cativante sem ser repetitiva. Gostei muito mais que "O Segredo do Meu marido", pois abordou um assunto delicado e que acontece muito,  mas sempre é deixado de lado: violência doméstica.  Sempre lembrando que: não é culpa sua, seja você quem for, nada dá o direito de um homem agredir sua esposa, ou qualquer outra mulher.
Voltando a escrita cativante de Liane, chorei e ri com Madeline e seus dramas exagerados, mas sempre coerentes, quis ser sua amiga, quis cuidar dela, quis aplaudi-lá. A Celeste, ah a Celeste... quis abraçá-la, repetir até fazê-la entender que nunca foi culpa dela. Odiei Perry e Ed por seu machismo incansável e palavras duras com suas esposas.
Jane,  não tenho palavras para o quão tocada fiquei com essa personagem, com o livro no geral, tão realista, ao mesmo tempo engraçado e doce com a Chloe falando toda hora "ah calamidade", com a doçura do Ziggy e seu esforço para ser aceito. Este livro veio para afirmar algo que já tinha certeza: leio qualquer coisa que a Liane escrever, como citou John Green "até mesmo sua lista de compras." 
kbye, ladies.

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